Os bancos se negaram a assinar a ultratividade dos direitos da categoria, mas acataram o calendário proposto pelo Comando Nacional dos Bancários, com o compromisso de apresentar uma proposta final para os trabalhadores até 1º de agosto.
A segunda rodada de negociação entre os representantes dos bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) realizou-se no último dia 12 de julho em São Paulo (SP).
Na ocasião, o Comando ratificou a importância do pré-acordo para manter a validade dos direitos da categoria.
Apesar dos banqueiros ainda não terem assinado a ultratividade, houve avanços no sentido de estabelecer um calendário de negociação mais efetivo e assegurar a apresentação da proposta final.
O Comando reivindicou e os agentes das instituições financeiras garantiram a negociação em mesa nacional e unificada. “Esperamos resolver a Campanha na mesa de negociação, mas não aceitaremos retrocessos. Se necessário for, entraremos em greve. Os bancos obtiveram lucros recordes em plena crise e assim podem efetivamente fechar o acordo logo, sem colocar em risco os direitos dos bancários”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues.
A terceira rodada de negociação será realizada em 19 de julho, sobre o tema “saúde e condições de trabalho”. Já no dia 25, a pauta será “emprego”. As cláusulas econômicas serão debatidas em 1º de agosto, quando a Fenaban apresentará uma proposta global para ser avaliada pelos bancários.
“Os bancários devem se manter atentos e mobilizados, participando de todos os atos promovidos pelos sindicatos e federações em defesa dos direitos, dos empregos, e dos bancos públicos. Estamos vivendo num País tomado por um golpe contra a classe trabalhadora. Toda atenção nesta Campanha Nacional Unificada é necessária”, avalia a presidenta da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.