
Os funcionários do Banco do Nordeste foram os primeiros a sentarem à mesa de negociação com o banco nesta Campanha Nacional Unificada 2018. A reunião entre os representantes patronais e os trabalhadores realizou-se nesta quarta-feira (27) em Fortaleza (CE), após assinatura do ponto eletrônico dos funcionários.
A principal reivindicação apresentada foi a contratação de concursados para suprir as demandas das agências. Esta é a primeira vez que o ponto eletrônico é regulamentado oficialmente pelo Banco do Nordeste. Os funcionários deverão cumprir jornadas de 6h com os 15 minutos de intervalo já inclusos. A implementação do sistema impedirá que o controle de jornada seja burlado, além de trazer garantias legais para os trabalhadores.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Rubens Nadiel, participou da reunião e avalia que a composição da direção do banco favorece as negociações. “A direção do banco é composta por funcionários de carreira que compreendem as reivindicações dos trabalhadores, mas precisaremos enfrentar a instabilidade política, pois o governo federal claramente quer destruir o banco público”, afirma.
Na ocasião, a empresa assumiu o compromisso de convocar sete concursados até o fim da próxima semana para agências defasadas, como as unidades dos municípios pernambucanos de Palmares e Escada. A diretoria do Banco do Nordeste solicitou a contratação de 297 concursados, cujo processo tem validade até o dia 4 de julho, mas até o momento o governo federal não autorizou a convocação.
A insatisfação dos funcionários com a reduzida rede de estabelecimentos credenciados ao cartão alimentação/refeição Valecard também foi tratada durante a negociação. O banco respondeu que a empresa responsável pelo serviço tem até o mês de agosto para se adequar ao edital. Caso não cumpra, a licitação será cancelada.
Até o momento, o Banco do Nordeste não assinou o pré-acordo de ultratividade na mesa de negociação. A assinatura do documento visa a garantir a manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até a assinatura de um novo acordo.